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7 ferramentas da Qualidade e MASP: como funcionam e por que aprender sobre elas?

14 de abril de 2022 | 7min de leitura
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Em um contexto complexo e altamente competitivo, implementar estratégias que, de forma sistematizada e mensurável, são capazes de promover melhorias contínuas é uma questão de sobrevivência. As matérias-primas, os fornecedores, os equipamentos, os sistemas, os processos, as pessoas: todas essas questões impactam de alguma forma no engajamento dos colaboradores, no resultado dos produtos e serviços e na realização do consumidor. Sendo assim, a gestão da qualidade está presente no cerne da sustentabilidade das empresas, atravessando toda a cadeia produtiva.

Mas como fazer esse gerenciamento ser bem-sucedido? O que analisar no dia a dia? Como resolver problemas de eficiência e produtividade? Como integrar áreas e garantir que trabalhem pelo mesmo objetivo? Para dar conta de tamanha relevância para os negócios, diversos métodos foram desenvolvidos e é sobre dois principais eixos que falaremos hoje aqui: as Sete Ferramentas da Qualidade e o MASP (Método de Análise e Solução de Problemas).

Então, se você quer entender melhor como esses recursos contribuem para a gestão de qualidade eficiente, siga a leitura!

As Sete Ferramentas da Qualidade

Você já ouviu falar do engenheiro Kaoru Ishikawa? Ele é conhecido como o ‘Pai da Qualidade’ por, basicamente, criar uma nova cultura para essa disciplina. No Japão, as indústrias, até os anos 50, se baseavam em uma visão norte-americana de processos, por isso, quando ele apresentou uma nova filosofia para a qualidade, foi uma verdadeira revolução do pensamento, levando o seu país a competir no mercado internacional com a mesma força que seus concorrentes.

O que ele fez foi sintetizar o que de melhor funcionava em diversas empresas em um escopo que, segundo ele, poderia resolver 95% dos problemas das organizações ao se alicerçar em definir, analisar, mensurar e propor soluções. Essa nova proposta ficou conhecida como as Sete Ferramentas da Qualidade, que revolucionou não só a forma como a indústria produz, mas também o modo como as empresas de diversos segmentos passaram a olhar para a melhoria contínua. Vamos conhecer esses princípios?

  1. Fluxograma: trata-se de uma representação gráfica, visual e objetiva de um fluxo de trabalho. Com o uso de formas para indicar as etapas do processo e setas para indicar o sentido, a gestão compreende, de forma rápida e fácil, como determinadas atividades acontecem – identificando entraves – ou deveriam acontecer. Neste post aqui, em nosso perfil do Instagram, você pode saber mais sobre os símbolos utilizados para montar fluxogramas
  2. Cartas de controle: a partir de um padrão de referência, as cartas de controle servem para visualizar informações relevantes sobre um processo e sua qualidade. Em dois eixos, LSC (limite superior de controle) e LIC (limite inferior de controle), horizontal e vertical, respectivamente, as amostras são verificadas para avaliar a eficiência e a produtividade.
  3. Diagrama de Ishikawa: muito conhecido como diagrama da espinha de peixe, essa ferramenta é essencial para explorar possibilidades que estão gerando falhas e defeitos e, assim, implementar ações resolutivas. É possível supor causas, testar soluções e identificar oportunidades de melhoria que poderiam não ser vistas sem esse exercício.
  4. Folha de Verificação: em forma de tabela, as folhas são simples recursos para coletar dados e checar se os processos estão em conformidade. Caso não estejam, surge a oportunidade de correção e melhoria.
  5. Histograma: essa ferramenta permite o agrupamento de eventos em classes de frequência, para análise de variação e de distribuição. Existem seis tipos de histograma que podem ser utilizados, de acordo com os dados quantitativos a serem avaliados.
  6. Diagrama de Dispersão: em um gráfico, duas variáveis são analisadas, uma em função da outra, para que a gestão entenda se existe uma correlação entre elas e se essa influência é positiva ou negativa.
  7. Diagrama de Pareto: por fim, temos a ferramenta que auxilia na tomada de decisão e na priorização de problemas. Com base no princípio “20-80”, ou seja, 80% das falhas da empresa são geradas por 20% de causas centrais, o diagrama permite que gestores entendam quais são as questões vitais a serem resolvidas.

Quando Kaoru Ishikawa estabeleceu esses métodos, ele considerou que poderiam e deveriam ser usados por todos os colaboradores, tornando-as, de fato, pilares da cultura de qualidade nas empresas.

E então, o que achou das Sete Ferramentas da Qualidade? Já identificou situações nas quais você pode aplicá-las no seu dia?

Agora, partimos para o segundo eixo, o MASP! Siga com a gente.

Metodologia MASP

Método de Análise e Solução de Problemas. Essa é a proposta de uma das mais reconhecidas estratégias da gestão da qualidade, apresentada pela União de Cientistas e Engenheiros Japoneses (Union of Japanese Scientists and Engineers, em inglês). A metodologia tem como objetivo implementar ações de prevenção e de correção, de forma sistematizada, buscando a origem dos problemas e impedindo que eles se repitam.

Gestores e gestoras podem lançar mão das oito etapas que formam a metodologia, integrando-a ao método PDCA: Planejar (Plan); Fazer (Do); Checar (Check); Agir (Act), para alcançar resultados ainda mais eficientes e positivos, tanto em produtos quanto em serviços. Abaixo, você vê como essas duas metodologias se cruzam

Vamos, então, conhecer cada uma das etapas do MASP?

  1. Identificação do problema: a partir de uma análise criteriosa sobre o histórico de eventos, determina-se o problema e também como se pretende resolvê-lo, formando uma equipe e delegando responsabilidades.
  2. Observação: momento de coleta de dados sobre o problema, considerando como as variáveis (local, pessoas, etc.) influenciam no processo.
  3. Análise: com as observações feitas, é preciso realizar uma avaliação crítica sobre a raiz do problema. É importante ter recursos como ferramentas e análise de dados para tornar essa etapa o mais objetiva possível.
  4. Plano de ação: compreendendo claramente as fontes do problema, é a hora de estabelecer tarefas para eliminá-las, além de metas a serem alcançadas e como esse processo deverá acontecer para se obter sucesso.
  5. Ação: é o momento de colocar a mão na massa, com cada pessoa realizando suas responsabilidades, de acordo com o plano e com o acompanhamento necessário para garantir a concordância com as diretrizes.
  6. Verificação de resultados: após a implementação das medidas, a equipe precisa avaliar a eficácia do plano de ação e se o retorno gerado cumpriu as metas estabelecidas.
  7. Padronização: com o sucesso das ações, os processos devem, então, ser padronizados para ampliar o impacto positivo em outras áreas e serem executadas por todas as pessoas envolvidas, sempre com o devido acompanhamento e mensuração.
  8. Conclusão: com foco na melhoria contínua, essa etapa serve para registrar aprendizados e evoluir as ações para novos ganhos nos processos.

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